Aproveite o inverno mesmo com restrições alimentares

Quem tem restrições alimentares como intolerância à lactose, doença celíaca e diabetes deve ficar atento ao que consome durante o inverno. Nessa estação, parece que a fome aumenta, pois o nosso organismo gasta mais energia para se manter aquecido e, em função disso, sentimos vontade de comer mais vezes.

Conviver com restrições alimentares nem sempre é fácil, mas não é preciso deixar de consumir alimentos que gosta se algumas medidas forem tomadas. Deve-se ler com muita atenção os rótulos de todos os produtos industrializados e conferir as inscrições não contém glúten, não contém lactose e diet. Uma boa maneira de se certificar acerca dos nutrientes de um produto é entrando em contato com o atendimento ao consumidor para solicitar detalhes sobre os ingredientes que o constituem.

Não contém lactose

Os intolerantes à lactose devem ter suas refeições diminuídas ou excluídas de lactose. Isso implica, no entanto, em deixar de lado algumas delícias gastronômicas de inverno. Cada vez mais, o mercado oferece opções que substituem os nutrientes compostos de lactose. Portanto, não é necessário abandonar a tábua de queijos, basta optar pelos queijos lacfree ou pelos queijos maturados, como o queijo suíço, roquefort, camembert, já que estes possuem pouco ou nenhum teor de lactose e podem ser consumidos livremente de acordo com o grau de intolerância de cada pessoa.

Pães, bolos, massas com molho branco, caldos e sopas, assim como o queridinho do inverno, o fondue de queijo, exigem cuidado dos intolerantes à lactose já que, normalmente, possuem ingredientes que carregam a enzima. Leia sempre os rótulos e opte pelas marcas e restaurantes que oferecem a opção lacfree.

Não contém glúten

Para os celíacos, as grandes tentações da gastronomia de inverno estão na tábua de frios, nos petiscos com pães, como as brusquetas, nas sopas e caldos, nas macarronadas e, até mesmo, em alguns vinhos. Para aproveitar as baixas temperaturas sem deixar de saborear bons pratos, deve-se fazer as substituições necessárias, utilizando a criatividade e estando atento às novidades do mercado. Para comer uma brusqueta, por exemplo, basta substituir o pão por um sem glúten, picar tomates, folhas de manjericão, colocar azeite de oliva, levar ao forno e saborear.

Atente às sopas e aos caldos: muitos deles podem levar massas ou até mesmo farinha de trigo. Muitos celíacos, no entanto, cuidam dos alimentos que consomem e esquecem-se das bebidas: leia com atenção os rótulos dos vinhos, pois podem conter glúten, oriundo da pasta de trigo que sela algumas barricas.

Diet

Já os diabéticos devem priorizar a ingestão de alimentos integrais, tais como aveia, que pode ser preparada na forma de um mingau quentinho para aquecer as manhãs frias ou, até mesmo, para o lanche da tarde. Os chás são uma ótima opção para substituir as bebidas à base de chocolate, comuns durante a estação.  Com tantas delícias gastronômicas, é fácil ganharmos uns quilinhos extras no inverno; porém o aumento de peso pode dificultar o controle da glicose sanguínea.

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Crédito da foto: Shutterstock

Dia Mundial do Diabetes: entenda a doença

Dia 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes, por isso vamos falar sobre essa doença que, apesar de séria, é desconhecida por muitos de seus portadores. O diabetes é o aumento do nível de glicose no sangue, a chamada hiperglicemia. O processo acontece assim: durante a digestão, os alimentos se transformam em glicose, um tipo de açúcar. A glicose é utilizada pelo organismo para a produção de energia, mas, para isso, o nosso corpo precisa da insulina, uma substância produzida nas células do pâncreas. Quando a glicose é produzida, mas não consegue ser utilizada, aumentando a quantidade presente no sangue, acontece a hiperglicemia.

Existem dois tipos principais de diabetes, o tipo 1 e o tipo 2. O diabetes tipo 1 também é chamado de insulinodependente, infanto-juvenil e imunomediado. É aquele em que a produção de insulina é insuficiente, assim, é preciso injetar diariamente a substância para manter normal a quantidade de glicose no sangue. Embora ocorra em qualquer idade, o diabetes tipo 1 é mais comum em crianças, em adolescentes e em jovens.

O diabetes tipo 2 corresponde a 90% dos casos. Também conhecido como não insulinodependente ou diabetes do adulto, ocorre, normalmente, em pessoas obesas acima de 40 anos. Contudo, a frequência de incidência em jovens tem aumentado devido aos maus hábitos alimentares, ao sedentarismo e ao estresse. No tipo 2, a insulina está presente, mas tem dificuldade em agir por causa da obesidade. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 50% dos portadores de diabetes tipo 2 desconhecem sua condição, pois a doença é pouco sintomática. Quando existem sintomas, acontecem de forma gradativa, sem que a pessoa possa percebê-los.

Os sintomas mais comuns são vontade de urinar e sede excessivas, aumento do apetite, perda de peso, cansaço, vista embaçada e infecções frequentes. No diabetes tipo 1, os sintomas aparecem rapidamente. Caso o diagnóstico não seja feito logo no inicio da doença, os portadores do diabetes tipo 1 podem perder a consciência e entrar em coma. É fundamental procurar um médico assim que algo diferente seja percebido para a realização de exames.

A doença é diagnosticada por um simples exame de sangue; caso apareçam alterações, é possível fazer exames mais detalhados. Depois do diagnóstico do médico, é importante consultar um nutricionista para conhecer os cuidados recomendados para os diabéticos em relação aos hábitos alimentares. Fique atento e pratique atividade física!

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Frutose: uma opção de açúcar para os diabéticos

A frutose pode ser utilizada em substituição aos adoçantes e ao açúcar comum. Ela também é um açúcar, mas tem origem diferente da sacarose, nosso açúcar de mesa. Enquanto a sacarose é originária da cana ou da beterraba, a frutose vem das frutas, do mel, da soja, da lentilha, do feijão e de alguns vegetais e cereais como o milho. O consumo da frutose é uma boa opção, pois possui benefícios, mas é preciso prestar atenção a alguns detalhes.

Monossacarídeo mais doce que a sacarose, a frutose também é mais solúvel do que os outros açúcares. Sua utilização em preparações cozidas é recomendada especialmente para diabéticos, pois substitui o adoçante culinário que deixa um sabor amargo no alimento. Outra vantagem é que a frutose tem baixo índice glicêmico, ou seja, o aumento na glicemia – glicose circulante no sangue – produzido por ela é pequeno se comparado a outros carboidratos, como a sacarose e o amido, por exemplo, o que a torna benéfica. O cuidado, como sempre, é para não exagerar, pois o consumo em excesso pode causar o aumento de triglicérides e de peso devido à ingestão de calorias demais, pois a frutose também é um carboidrato.

A indústria de alimentos utiliza a frutose em larga escala, devido ao seu alto poder de adoçar. Porém, não usa sua forma natural, mas sim um subproduto produzido a partir da frutose do milho. Ele está nos refrigerantes, nos sucos de frutas industrializados, nas balas, nos bolos, nos pães, nas geleias, entre outros. O problema é que não existem estudos comprovando o que tal produto pode causar ao ser humano. Para tornar a alimentação mais saudável, é importante ler os rótulos e dar preferência à frutose presente nas frutas.

Você encontra frutose nos supermercados em forma de pó ou por meio do xarope de milho. Lembre-se de consumir cautelosamente, evitando excessos. É recomendável fazê-lo sob orientação de um profissional qualificado, prestando atenção aos efeitos colaterais – aumento de peso e de triglicérides –, usando-os como alerta para a necessidade de consumo controlado. Apesar do custo mais alto, a frutose pode ser utilizada até mesmo por quem não apresenta restrições alimentares.

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